Preços dos alimentos básicos devem cair em 2023: análise do Dieese

O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) é uma instituição que realiza análises mensais sobre o preço de uma cesta básica de alimentos no Brasil. A cesta básica é composta por doze itens, como tomate, arroz, carne, farinha de mandioca, leite, manteiga, pão, café, feijão, açúcar, óleo de soja e banana. Esses itens são pesquisados em 17 capitais brasileiras, em estabelecimentos como supermercados, padarias, mini mercados, açougues e outros.

A variação de preço da cesta básica é contabilizada em diferentes locais e é um indicador importante da situação econômica do país. O Dieese utiliza essas informações para prever a inflação e avaliar como os preços dos alimentos básicos afetam o orçamento das famílias brasileiras.

Em 2022, entre as 17 capitais brasileiras analisadas, a capital com o menor reajuste de preço foi Recife, com um aumento de 6,15%, o que representa um acréscimo de R$ 32,72. Outras duas capitais que lideraram o ranking de cesta básica mais econômica foram Aracaju e João Pessoa.

No entanto, mesmo com previsões otimistas para o ano, alguns locais já terminaram o ano de 2022 com valores abaixo do esperado. Em dois momentos, a cesta básica em Recife alcançou valores maiores que o esperado, chamados de momentos de pico, mas mês a mês os valores foram caindo até dezembro.

Além disso, apenas três itens da cesta básica apresentaram queda de preço em Recife: tomate (-24,92%), arroz (-7,17%) e carne (-1,47%). Para os outros alimentos pesquisados, houve um aumento considerável, incluindo farinha de mandioca (42,64%), leite (40,66%), manteiga (29,06%), pão (27,80%), café (25,30%), feijão (25,06%), açúcar (3,61%), óleo de soja (1,04%) e banana (0,19%).

Diante desses dados, o Dieese estima que, para o trabalhador recifense remunerado com o salário mínimo, foi preciso comprometer 102 horas e 34 minutos da jornada mensal para adquirir os gêneros essenciais em dezembro de 2022.